Postagens

Mostrando postagens de 2012
NA PRAÇA DO JACARÉ (Edimarcus Patriota) Cá entre nós, eu tinha medo  Desde pequeno quando ali passava Na Praça da Prefeitura O jacaré que o povo falava Um tanque com água e plantas Aonde ninguém chegava perto Pois o medo era grande E ninguém se achava esperto Ou valente o suficiente Pra encarar o bicho de frente Tempos depois comecei a ir à praça Já não jogava bola na rua Na minha adolescência ainda crua Nunca cheguei a ver o bicho Vi, logo depois, muito lixo No buraco onde diziam ele morar Não tinha mais esse interesse Eu ia mesmo era pra namorar Uma menina que ali perto morava Mãe ficava brava, pois eu só queria passear Já não há namorados, nem tão pouco jacaré Só tem tapume de madeira, sem vida, sem flor A praça dos carnavais, dos encontros "matutais" Era lugar de paqueras, hoje escondida está Cada vez que passo lá, sinto falta da morena Dos bancos, das plantas, daquele nosso pedaço Dos amigos, do abraço, do mandacaru clube, do cinema No do
Ser tão Gonzaga  (Edimarcus Patriota) Ser tão Gonzaga é ser puro de origem Matuto que não esquece o cheiro do bode Que honra a palavra e o fio de bigode E que não desrespeita ninguém Ser tão Gonzaga é ser o próprio Nordeste É ser cabra da peste, de chapéu de couro e gibão Com o rosto marcado e "gengibre" na mão É pedir ao santo, é fazer festa, é falar do agreste Ser tão Gonzaga é lamentar a seca que castiga Da natureza amiga, do pássaro que canta por cá Da asa branca, acauã, vim vim, do sabiá Do galo campina, assum preto e da asa branca amiga Ser tão Gonzaga é falar do amor e paixão Da cabocla do sertão, que respeita o companheiro Que trabalha de janeiro a janeiro Da açucena cheirosa, dos caminhos do coração Ser tão Gonzaga é harmonia é concórdia A acácia amarela que sua casa tem Casa justa e perfeita onde se sentia tão bem Onde o mal submerso e não há discórdia Ser tão Gonzaga é xote, é forró, é baião É nossa nação, é morena bela à luz da lua É